f. A jurisprudência tem interpretado de modo bastante amplo a alfabetização como condição de elegibilidade, fazendo com que apenas aquele cidadão ou cidadã “absolutamente ignorante” (conforme a definição de analfabeto do Dicionário Aurélio), que nada conhece do alfabeto, seja tido como inelegível. Ou seja, nos termos do item anterior, a justiça eleitoral tem considerado inelegíveis apenas os analfabetos absolutos, e não os funcionais. O significado, em termos de legitimidade, de tal interpretação restritiva da limitação constitucional resta óbvio. Dadas as nossas condições culturais e educacionais, é bastante natural que boa parte dos cidadãos, em especial nas áreas rurais, sinta-se devidamente representada por aqueles aos quais a vida reservou sorte semelhante. Do ponto de vista sociológico, tal processo de identificação é mesmo inevitável, como também o é a perda em legitimidade da representação, caso o princípio constitucional venha a ser restrito com maior rigor.
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Tirica não é ignorante, é ator, cantor e compositor. Consegue ler e escrever o suficiente. É um alfabetizado funcional...
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