Bom, vi a entrevista do ministro no Jô. Entendo agora porque a Veja trouxe essa semana uma reportagem com uma banalização da gripe A. A verdade é que os ricos sempre que forem acometidos de gripe, independente da comprovação diagnóstica, vão tomar o Tamiflu nas primeiras 48 horas, uma vez que a rede privada tem o medicamento. Os pobres, os mortais comuns, só vão tomar Tamiflu se estiverem nas indicações dos protocolos do Ministério da Saúde, se conseguirem chegar no serviço de referência nas primeiras 48 horas, o que vai ser muito difícil de se conseguir, até mesmo para os mortais comuns dos planos privados que estão fora dos grandes centros... Para a maiorias os protocolos vão ser seguidos rigorosamente, já para os privilegiados o protocolo será a decisão do médico privado. O ministro Temporão precisa mudar isso...
Temporão desarmou os médicos brasileiros e tirou deles o direito de medicar seus pacientes de forma adequada. Obviamente, que o risco da formação de uma cepa viral reisistente ao Tamiflu é real, mas isso não lhe confere o direito de criar uma ilha de privilegiados, que serão duplamente protegidos em função da diminuição do risco das mutações virais e de terem tempo hábil para utilização do Tamiflu.
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