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domingo, 4 de dezembro de 2016

Ferreira Gullar na patocracia


A semana se foi e levou o poeta Ferreira Gullar, 86 anos, um otimista marcado pelo drama pessoal de ter dois filhos esquizofrênicos. Nos necrológios da mídia estampam seu passado de comunista, sua luta contra a ditadura, etc. Isso parece que é bonito quando a pessoa morre. Ninguém quer lembrar que ele se tornou um conservador, homem da extrema direita, poeta oficial da burguesia patocrata.

A poesia brasileira morreu com João Cabral de Melo Neto em 1999. Em plena seara estéril, Ferreira foi um desses concretistas que escapou da pedreira geral por meio de um único poema, que lembrou a verve da alta poesia de antigamente. No mais, foi útil a nossa patocracia dominante.

Um comentário:

  1. Soneto ERUDITO para anular LIXO do PT & DIREITA BURRA:
    [o PT é barangão e Kitsch]

    De tudo, ao meu amor serei atento antes

    E com tal zelo, e sempre, e tanto

    Que mesmo em face do maior encanto

    Dele se encante mais meu pensamento

    Quero vivê-lo em cada vão momento
    
E em seu louvor hei de espalhar meu canto

    E rir meu riso e derramar meu pranto
    
Ao seu pesar ou seu contentamento

    E assim quando mais tarde me procure

    Quem sabe a morte, angústia de quem vive
    
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

    Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
    Que não seja imortal, posto que é chama

    Mas que seja infinito enquanto dure

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