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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O secretário mentiroso e o sistema de radar


Nesta quinta-feira (20), em um audiência da  Comissão Representativa do Congresso Nacional, a senadora Marina Silva convidou, objetivo claro de constranger o governo Lula, o secretário demissionário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Barreto de Castro. Este senhor ocupou as manchetes do PIG ao dizer em relação às tragédias que o governo falava muito, mas fazia pouco. Na comissão, ele confirmou a declaração, dizendo:

-Eu venho aqui para dizer isso mesmo, falamos muito e não fizemos nada. Há dois anos fizemos um plano de radares para entrar no PAC I, não conseguimos. Fomos orientados então a entrar no PAC 2, ficamos fora. Ai eu perguntei pro meu ministério e agora? O presidente disse que devíamos colocar no PCTI, o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação governamental, que não teria fôlego para financiar 115 milhões (necessário) - revelou o secretário.

E foi enfático ao dizer que um projeto de 36 milhões, que podia ter evitado a tragédia deste ano não foi implantado. E continuou:

Se gastarmos adequadamente 36 milhões ao longo deste ano, não morre ninguém no ano que vem. Vou dizer isso e deixar isso aqui. E isso não significa que nós devemos gastar só os 36 milhões e pronto. Nos próximos anos também vamos ter de gastar dinheiro. Mas modelo é simples. Há mais de dez anos fui a Venezuela e encontrei um sistema desse funcionando em Caracas, com uma sala de situação, onde as pessoas ficam sentadas todos os dias, ano novo, natal e carnaval, que tinha uma relação direta com a defesa civil e radares para prever chuvas - defendeu o secretário, acrescentando que um grande sistema nacional terá mais dificuldade de funcionar, do que se ele for implantado um em cada prefeitura de médio porte.

Acontece que o deputado Glauber Rocha, do PSB, de Nova Friburgo, um dos 5 000 desabrigados da cidade, estava presente na sessão. Ele tomará posse no dia primeiro de fevereiro, hoje exerce o mandato como suplente. O deputado pertence ao mesmo partido do ex-prefeito de Nova Friburgo. Ele esclareceu que em 2008 a prefeitura de Nova Friburgo apresentou Planos de Macrodrenagem e Diretor realizados em 2008. Um estudo completo das bacias hidrogáficas ao redor da cidade, planos contra enchente com as obras que deveriam serem feitas, etc. O deputado esclareceu que ele não morava em área de risco e que perdeu a casa e dez vizinhos soterrados. A cidade, disse ele, fica em um vale, cercada de serras. A chuva que caiu transformou toda cidade em áreas de risco. E finalizou dizendo que a declaração do secretário de que com um projeto de 36 milhões ninguém morreria de enchente era uma inverdade, ou seja, mentira deslavada, imoral, estúpida...

A reunião ainda contou com um longo discurso da Marina Silva, que no final do mês deixa de ser senadora, de pura auto-louvação, um longo discurso repleto de mentiras, vazio de significados, político e inútil. Sem mandato ela vai fundar o Instituto Marina Silva, com sede em Brasília, financiado pelo PIG, para manter toda a estrutura político-financeira que vai perder com o fim do mandato...Ela está no projeto do PSDB. Tenta sair como vice de Aécio Neves.

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