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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A desculpa da guerra cambial

O Fed ( Banco central americano), iniciou o mês de novembro com um plano de comprar 600 bilhões de dólares em títulos público. Essa formidável expansão monetária teve o efeito de desvalorizar o dólar no mundo. Dólar barato aumenta o poder de compra interno de cada país. A consequência disso é aumento das importações e o resultado óbvio é que ativa o comércio externo. Como disse Lula, se todos só venderem, quem é que vai comprar? Por outro lado, reduz o saldo comercial das nações que viram sua moedas se valorizarem frente ao dólar. As pessoas viajam mais, gastam mais e consomem importados. Mas o efeito colateral disso é que nem todos estão no mesmo barco. Alguns países desvalorizam artificialmente suas moedas para continuarem exportando fortemente e com uma brecha muita pequena para importações. A China, gigante exportador, é o principal neste bloco. O iuane não se valorizou porque sua cotação não está sujeita a influência do mercado. E aí as queixas crescem e se abrem em duas frentes: O EUA errou ao emitir 600 bilhões de dólares e jogar no mercado ou é a China que está errada em manter sua moeda em um câmbio artificial, que lhe dá total vantagem? O EUA critica a China por não permitir a valorização de sua moeda e a China critica o derrame de dólar.

O Brasil foi afetado pela excessiva valorização do real. Houve um crescimento das importações, mas continua exportando muito e com superávit. O Brasil joga limpo e o real forte segura as pressões inflacionárias. Mas a nossa elite quer que o Brasil entre no clube da China e mantenha o real fraco, porque a nossa elite guarda uma vasta fortuna em dólar depositada nos paraísos fiscais que já valeu quatro vezes mais do que vale hoje. Usam a desculpa da guerra cambial para mentir na mídia de que a desvalorização do real é um caso de vida e morte para nossa economia. E ainda responsabilizavam o BC de Lula pela manutenção do real forte. Henrique Meirelles sempre foi pragmático e focado na inflação, nunca esteve preocupado em favorecer o especulador do dólar e por isso o PIG pediu sua cabeça a Dilma. Para o cargo indicaram Alexandre Tombini, funcionário de carreira do BC e um esforçado cumpridor de ordens dos demotucanos...Hoje a confirmação de sua indicação para o BC foi festivamente comemorada no PIG. Antes já haviam comemorado a manutenção de Guido Mantega, um figurante no governo Lula, que dará as cartas no governo Dilma, sob a tutela da elite especuladora. O PIG está em festa!!!

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