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segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Bolsonaro sem protagonismo

Bolsonaro deu declaração dizendo que iria reduzir o IRPF de 27,5 para 25% e iria aumentar o IOF das transações financeiras no exterior. Hoje quem remete dinheiro para fora do país paga 0,38% de IOF. As multinacionais, entre outros, remete lucros para seus países de origem. A movimentação de dinheiro é muito alta e essa gente tem poder, O IOF do cartão de crédito por exemplo é 6,5%, mas é da arraia miúda.  Mexer neste 0,38% é mexer com o poder. Bolsonaro se viu imediatamente sob fogo cruzado da mídia e foi desmentido em seguida por Marcos Cintra, secretário da Receita Federal, Paulo Guedes desmarcou a agenda do dia seguinte no Rio de Janeiro, queria explicação e Onix Lorenzoni, ministro e porta voz disse que o presidente se enganou. Bolsonaro ficou calado e foi para o twitter xingar o PT.

No mesmo dia também falou que iria mandar uma reforma da previdência com idade mínima de 62 anos para o homem e 57 para a mulher. Isto com período de transição.  Foi bombardeado novamente. O futuro presidente da Câmera, Rodrigo Maia, não concordou, os analistas não concordaram, a Globo não concordou, Paulo Guedes não concordou e Bolsonaro ficou calado e foi twitter bater boca com Haddad.

A questão é a seguinte. Como ele disse na campanha politica que não entendia nada de economia, de previdência, de saúde, etc, perdeu o protagonismo do próprio governo. Vai a reboque dos seus subordinados. E ele sabe agora que o capital politico é seu e que Paulo Guedes não perde nada se governo naufragar. Ele está lá para defender interesse dos seus pares e está pouco ligando para a impopularidade. Aí está a questão. Bolsonaro e seus três filhos dependem do capital politico...E não são bobos. Ou seja, O Brasil está em um terreno minado e não adianta chamar o exército...


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