Trecho do capítulo: O Retorno de Jesus
A leitura da realidade que se pode fazer sobre INRI CRISTO
é semelhante a que contemporâneos de Jesus poderiam fazer. Semelhante, mas
temos uma vantagem na observação. Toda vida de INRI está documentada em livros,
sob sua supervisão e registrada com fotos e vídeos. A evolução cultural, científica,
filosófica, espiritual, tecnológica, nos dá um ângulo de visão privilegiado.
Ele está há trinta e sete anos na sua pregação, Jesus ficou apenas três anos.
Mas o privilegio maior é que temos o exemplo do que a intolerância religiosa
fez a Jesus. Não obstante tudo isso, o x da questão agora e há dois mil anos
continua sendo um testemunho que não pode ser provado. Nada nem ninguém poderá
garantir que o pescador da Galiléia era o Messias Prometido aos judeus, do
mesmo modo não há como se afiançar que INRI, o ex-padeiro catarinense, seja
Jesus Cristo. Ele não anda sobre as águas e nem multiplica peixes, assim como
o galileu, que afirmava poder destruir o templo de Salomão e reerguê-lo em
três dias, mas não conseguiu impedir a própria crucificação
- Tu és Filho de Deus, por que não desce da cruz? Ouviu
Jesus como zombaria.
- Tu é Jesus, então por que não caminhas sobre a água?
Ouviu INRI como zombaria.
Essa separação de dois mil anos entres os dois Cristos, o
galileu e o brasileiro, une a ponta mística no cenário atual, em que a ciência
diz que o botão do Apocalipse foi apertado e não há mais como mudar essa
realidade. Se na Terra hoje parassem todas as indústrias, veículos motorizados,
zerando a emissão da poluição ambiental, ainda assim, teremos a conflagração
climática, degelo das calotas polares, levantando os mares, produzindo pestes,
inundações, secas, instabilidade política e guerras entre nações inimigas, com
o risco de um conflito nuclear.
Leia em Fim da Crucifixação: O Quinto Evangelho de Neuton Lelis
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