A acareação na CPI entre Paulo Roberto Costa e Youssef teve um momento inusitado. Questionado sobre pagamento a Palocci, informação dada por Paulo Roberto Costa, Youssef negou tê-lo encontrado e disse com muita naturalidade que se daria o direito sobre esse assunto de permanecer calado, porque uma delação estava sendo preparada, um réu que falaria e esclareceria tudo sobre Palocci. Isto foi noticiado em todos grandes portais, jornais, revistas, Jornal Nacional. Em mídia nenhuma houve a pergunta óbvia sobre como estando ele preso e incomunicável poderia ter essa informação.Também na CPI nenhum dos políticos presentes, raposas velhas, quis saber como Youssef pôde antecipar o enredo das delações.
O mais espantoso de tudo ainda é que o doleiro Youssef estava certo. Semana passada Fernando Baiano, que vinha desde janeiro negociando a delação premiada, por fim acertou tudo e veio contando sobre Palocci e inclui um filho de Lula. Em 18 de novembro Fernando Baiano irá para a prisão domiciliar em sua cobertura de 800 metros. Nesse jogo de cartas marcadas está óbvio agora que Marcelo Odebrecht terá que denunciar Lula, a cartada final. Dono do maior grupo industrial do país, duzentos mil funcionários, o baiano Marcelo, terá que se curvar e dizer o que querem que diga para safar-se. Terá que imolar sua consciência na pira do sudeste, um destino de nordestino, que jamais seria imaginável para um milionário. A Odebrecht continua anunciando comerciais nos inimigos, Veja, Isto é, Época, etc, o que já pode ser considerado uma capitulação. No entanto, não é correto julgar antecipado. Esperemos.
Há um outo lado nesta história. É que com o fim da ditadura militar, os empreiteiros nordestinos foram ágeis e dominaram o mercado. Isso ficou atravessado na mídia do sudeste. Não é de hoje que Marinho, Civita, Frias, Mesquita tratam mal essa turma, já vão para quase três décadas. Foi só o momento aparacer e cravaram a estaca nesse nicho empresarial nordestino que vencia o sudeste com folga...
Só falta agora prender Lula e devolver as 40 milhões de pessoas que ascenderam para classe média à sua condição anterior de dificuldade, escassez, até penúria. E riem disso, gargalham...
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