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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Caso Neymar

Neymar estreou na malfada Copa América com um desempenho espetacular. No entanto, na Globo, Galvão Bueno o fritava em óleo quente. Entre outras coisas, duvidou de sua capacidade como capitão do time e fustigou a Neymar-dependência. Parecia que o craque era culpado por ser o craque do time. Dentro do campo Neymar brilhava. Acontece que na segunda partida o time jogou mal, Neymar levou um cartão injusto e no apito final chutou um bola que acertou o adversário, o que gerou um pequeno tumulto. E se foi fritado jogando bem, em uma vitória, imagine então em uma empate, em uma apresentação modesta. O que era uma opinião de Galvão já era então uma opinião de toda mídia esportiva. Neymar voltou a ser o vilão novamente. A mídia inteira comemorou sua suspensão por dois jogos. Dia seguinte a Conmebol informou que o jogo estava suspenso apenas por um jogo e que a decisão final sairia em três dias. A nossa mídia se revoltou, criticando a entidade esportiva, a FIFA , etc. A CBF não mandou ninguém para representar o jogador e Neymar acabou suspenso por 4 jogos, o que foi comemorado no noticiário esportivo. Ainda havia a possibilidade de apelar, mas a CBF desistiu e mandou Neymar ir embora. Segundo a mídia havia agora uma boa oportunidade para acabar com a Neymar-dependência. O Brasil acabou eliminado pelo Paraguai, sob o coro de Fora Brasil da torcida chilena. A pergunta que surge é por que Neymar, depois de uma temporada vitoriosa no Barcelona, contrato renovado, estaria tão estressado, segundo a mídia, para fazer tanta bobagem, porque tudo era culpa dele. 

A resposta é simples e não é culpa de Neymar. Existe uma poderosa empresa brasileira que cobra na justiça 140 milhões de reais, referente a 50% da venda dele para o Barcelona. Essa empresa, a DIS, se baseia na denúncias de que o jogador teria recebido uma valor muito maior do que o oficialmente declarados pelo Barcelona. A empresa que investe em jogadores, sabe como promovê-los. O Santos também reclama uma porcentagem do jogador. Enquanto jogava no Brasil 50% de seu salário era de algumas empresas de marketing e o passe estava indexado no mesmo valor. Infelizes com Neymar e gente poderosa nos bastidores do futebol, então o prejuízo para o torcedor foi total. O torcedor, contudo, é uma massa alienada.. 

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