Translate

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Ventre

Ventre

Por entre muros espio a fuga
que se move à espreita de abrigo

Movem-se os muros
acompanhando os passos
de seus fugitivos,confinados
até o outro lado da esfera

Remove-se o chão,
embalando a gravidade
que me mantém preso
ao equilíbrio
de me saber de pé

Ao alto, ri-se o céu
de seu forçoso limite
a olho nu que veste o engano

Fecho os olhos e enxergo o infinito
que não alcanço
e que me atravessa, incorpora
e me guarda em sua zelosa prisão.

De Adrilhes Jorge, último poema publicado em seu blog,
antes de entrar no BBB15.

Nenhum comentário:

Postar um comentário