Dunga foi e é até a presente data um técnico de futebol honesto. Ele não aceitou, em sua primeira passagem, dirigir a seleção brasileira dentro do balcão de interesses escusos, que envolve empresários e mídia esportiva. Esse é um negócio que virou uma mina de ouro e ficou mais fácil uma vez que o jogador brasileiro a nível de seleção joga na Europa. A torcida já não faz o lobby de antigamente em favor de craques, onde cada convocação era discutida exaustivamente nas ruas. A seleção brasileira é estrangeira. Esse terreno propício deu lugar a um subterrâneo de interesses na valorização de craques, que vão mover milhões de dólares. O ponto chave deste negócio é um técnico dócil, pronto para entrar no esquema e ganhar muito dinheiro. Dunga não aceitou isto em sua primeira passagem pela seleção brasileira e o resultado foi obviamente uma mídia enraivecida, que o humilhou sem dó nem piedade. Não se trata de um mero relacionamento com a imprensa, de ser afável e educado. A questão é o subterrâneo comercial mesmo. Dunga portanto foi recebido novamente com pedras em seu retorno a seleção. Daqui para frente ele terá essa queda de braço com a podridão do futebol. Ele resistirá? Faço minha aposta em Dunga, em sua inata honestidade, mas vamos acompanhar na lupa essa história...
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