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quinta-feira, 1 de maio de 2014

A declaração de Lula e a resposta dos hipócritas

Em entrevista a tv portuguesa, Lula declarou que o julgamento do mensalão foi 80% político e 20% jurídico. A resposta da oposição e de Joaquim Barbosa, presidente do STF,  foram imediatas. Para Aécio Neves-PSDB, "É lamentável vermos um ex-presidente da República com afirmações que depõem contra o Poder Judiciário brasileiro, esteio da democracia brasileira. Não podemos respeitar o Poder Judiciário quando ele toma decisões que nos são favoráveis e desrespeitá-lo quando ele toma decisões que não nos são favoráveis. Uma afirmação como essa não engrandece o currículo do ex-presidente da República, até porque, pela importância do cargo que ocupou, deveria ser ele o primeiro a zelar pelas nossas instituições". E Joaquim Barbosa foi incisivo, considerou a declaração“um fato grave que merece o mais veemente repúdio”. 

Nessa reação à declaração de Lula parece ter sido esquecido completamente que há menos de um mês, o ex-governador, ex- senador, ex-deputado, ex- presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, renunciou ao mandato de deputado para tirar o seu processo do STF, que se arrastava desde 1998 e iria finalmente a julgamento, alegando que era um alvo político e criticando o STF pelo exagero das penas do mensalão do PT. Não houve melindres no STF e oposição. Azeredo conseguiu o que queria pois seu processo por decisão do STF voltaria para a primeira instância em Minas Gerais. Não foi acusado pelo Supremo de praticar manobra protelatória, de chicaneiro, como aconteceu em todas as tentativas assemelhadas na defesa do mensalão do PT, quando 40 réus foram julgados em bloco em uma velocidade de preparação de miojo. 

Lula foi até generoso em dizer que 20% do julgamento do PT foi jurídico. Jamais haverá julgamento semelhante em ação contra partidos atrelados ao poder como é o PSDB...

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