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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O laudo médico de Genoíno é político.

O laudo médico de Genoíno conclui que ele não necessita de prisão domiciliar. No entanto, o laudo descreve um paciente em uso de anticoagulantes, além do tratamento para hipertensão arterial e dislipidemia. Também relata um cirurgia recente na aorta e um AIT ( acidente isquêmico transitório) 

O problema mais delicado no momento é o distúrbio de coagulação. Um paciente que está em início de medicação anticoagulante necessita fazer o TAP, exame laboratorial, a cada cinco dias. Esta é a rotina neste casos para ajustar a dose do anticoagulante. Na cadeia ele não vai fazer o tratamento adequado. Basta entender que sua condenação é em regime semi-aberto e ele vinha sendo mantido em regime fechado. Tecnicamente o laudo descreve um paciente que estaria em risco neste momento do seu tratamento ao permanecer em regime fechado em um presídio. A conclusão do laudo é, portanto, reflexo da pressão política e ultrapassa a fronteira médica.

Genoíno é um paciente que se fosse fazer um convênio de saúde hoje não teria cobertura integral nos próximos dois anos. Ou seja, se ele tiver um enfarte ou AVC antes de dois anos o convênio não cobriria as despesas. Isto se for aceito...

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