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quarta-feira, 19 de junho de 2013

O movimento Passe Livre começou em Natal-RN, diz o New York Times

Fotos: Kívia Soares/NE10 RN

Natal é lembrada pelo New York Times como cidade pioneira nas manifestações no Brasil

Kívia SoaresDo NE10/Rio Grande do Norte


A onda de protestos com diversas pautas de reivindicações que tomou conta das ruas em diferentes cidades do Brasil, nessa segunda-feira (17), foram destaque na imprensa internacional e Natal, capital do Rio Grande do Norte, foi lembrada pelo New York Times, dos Estados Unidos, como a cidade pioneira nas manifestações. 

Segundo matéria publicada nesta terça-feira (18), o jornal norte-americano lembrou que “protestos semelhantes surgiram em maio, em Natal, uma cidade no Nordeste do Brasil, e este mês, em São Paulo, depois que as autoridades levantaram as tarifas de ônibus levando a uma onda de manifestações”, diz um dos trechos da matéria.

O veículo comentou que milhares de pessoas participaram dos movimentos nas maiores cidades do País, e enfatizou as mobilizações em São Paulo, Rio de Janeiro e no Congresso Nacional, em Brasília.

A REVOLTA DO BUSÃO – Na capital potiguar, tudo começou com o primeiro protesto da chamada #RevoltadoBusão, movimento iniciado nas redes sociais contra o aumento de R$ 0,20 no valor da passagem na cidade, colocando Natal entre as capitais do Nordeste que cobram as tarifas mais caras

O primeiro ato ocorreu no dia 15 de maio deste ano, reunindo centenas de estudantes na BR-101, em frente ao Shopping Via Direta, na Zona Sul e saiu em passeata pelas ruas. O protesto resultou em confronto entre a polícia e os manifestantes, e causou congestionamento nas principais vias. Além disso, as empresas de transporte da cidade mandaram recolher os ônibus durante a mobilização popular, o que acabou prejudicando os usuários que passaram horas a espera de um coletivo.

A segunda manifestação foi no dia 16, diferentemente do protesto anterior na quarta (15), não houve confronto com a Polícia, que acompanhou de perto o protesto. O grupo desta vez se concentrou no Centro da Cidade, Zona Leste e caminhou bloqueando a Avenida Rio Branco até a sede da Prefeitura, lá chegando pediram a presença do prefeito. Logo em seguida parte dos manifestantes foi protestar em frente à Câmara do Vereadores, onde foram recebidos por alguns parlamentares.

Já no dia 20 houve nova mobilização em frente à Prefeitura, e os manifestantes também promovem um “roletaço” na Avenida Prudente de Morais, no bairro do Tirol, onde os passageiros entravam no ônibus sem pagar passagem, deixando o trânsito lento nas imediações. 

Eles ainda distribuíram panfletos nas paradas e dentro dos ônibus, convocando a população para a outra manifestação que viria ocorrer no dia 21, quando três movimentos diferentes se uniram para protestar nas ruas e reivindicar suas pautas: a #RevoltadoBusão, Movimento Sem Terra (MST) e Grito da Seca, promovido pela Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Norte (Fetarn). Os manifestantes bloquearam os cruzamentos das avenidas Jaguarari e Capitão-mor Gouveia, Zona Sul, e logo após seguiram em passeata até o Centro Administrativo do Governo. Segundo a Fetarn, o ato reuniu cerca de seis mil pessoas.

No dia 23, cerca de 500 manifestantes do MST e #RevoltadoBusão voltaram a ocupar as ruas.O ato mais recente foi no dia 6 de junho, dois dias depois da redução do valor de R$ 2,40 para R$ 2,30 devido à desoneração tributária. No entanto, os manifestantes também pleiteiam licitação para o transporte público de Natal e melhores condições no serviço das empresas de ônibus, considerado precário. Durante o ato, um jovem chegou a cair de um viaduto, numa altura de aproximadamente seis metros. 

Um novo ato nacional está marcado para a quinta-feira (20), com protestos previstos, inclusive, em Natal.



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