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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Joaquim Barbosa sobe no palanque de Aécio Neves




                                                                                        (Marcelo Prates/Folhapress)



Oficialmente, o governador de Minas convidou o presidente do STF para ser o orador da festa do dia de Tiradentes, comemorada em Ouro Preto, e sentou-se ao lado do convidado um senador por Minas, Aécio Neves (PSDB-MG).

O problema é que, muito além de relações institucionais, aquilo é também um palanque político (todo mundo sabe disso), e o espectro da exploração política dos "mensalões" rondando todas estas fotos recomendaria o presidente do STF ficar longe deste palanque.

A situação é tão delicada, que outro senador por Minas, o aecista Clésio Andrade, não foi visto por ali porque é réu no mensalão tucano, foi ex-sócio de Marcos Valério, e foi vice-governador de Aécio Neves entre 2003 e 2006. Assim como no ex-governador e deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Isso sem falar nas investigações reclamadas pelo distinto público que rondam o próprio Aécio Neves.

Para dar um exemplo do quanto foi inconveniente esse palanque, um cidadão comum que vê essas fotos sente o mesmo que um torcedor atleticano se visse o juiz que apitou um jogo Atlético x Cruzeiro, ir confraternizar na festa cruzeirense, após o jogo vencido com um gol de pênalti duvidoso dado a favor do Cruzeiro, e de ter anulado um gol do Atlético.

Da mesma forma, um cidadão comum é levado a pensar que a homenagem dos tucanos mineiros ao presidente do STF significa comemorar a diferença de tratamento dada aos dois "mensalões": aos petistas, prazos sumários e condenações duvidosas. Aos tucanos, nem se vê no horizonte quando será o julgamento, apesar de haver só três réus (já que foi desmembrado), portanto a complexidade é muito menor e poderia ter tramitado muito mais rápido.

Na exploração política do evento, ganhou a esperteza de Aécio Neves, explorando a imagem de Joaquim Barbosa a seu favor. Já o presidente do STF, em termos de imagem, só sofreu desgastes políticos.

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