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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Meteoros no Brasil e o apocalipse

Meteoro visto no Rio e no Espírito Santo alimenta discussão sobre 'apocalipse'

Apontada como 'rara' por alguns especialistas, presença de corpos celestes nos céus da Terra é considerada banal por astrônomos

Rio de Janeiro – A provável passagem de um meteoro pelos céus de Campos, município do Norte Fluminense, na manhã de hoje (20) serviu como combustível para alimentar uma curiosa discussão. De um lado, aqueles que, desde a explosão de um meteoro sobre a Rússia na semana passada, enxergam na aproximação e colisão de corpos celestes sinais apocalípticos para a Terra. De outro, os que pretendem desmistificar a questão e afirmam que esses fenômenos astronômicos são corriqueiros.

A polêmica cresceu depois que o físico Marcelo de Oliveira, do Clube de Astronomia de Campos, afirmou a jornalistas que o meteoro, que também pôde ser visto em alguns municípios do Espírito Santo, é um fenômeno “muito raro” e que muito pouco se sabe sobre ele: “Pode ser um grande meteoro ou mais de um com pequenas dimensões. Vamos começar a investigar e ouvir relatos de pessoas para identificar o local exato. Isso é algo muito raro de acontecer. Sabemos que alguma coisa de incomum está acontecendo, mas ainda não sabemos o que é”, disse.

Em comentário postado no blog do jornalista Luís Nassif, o professor Helio Rocha-Pinto, do Observatório de Astronomia do Valongo (UFRJ) e membro da International Astronomical Union (IAU), criticou a postura de Oliveira: “Seu comentário sobre ‘sabemos que algo muito incomum está acontecendo’ é estarrecedor vindo da boca de alguém com formação científica e que divulga astronomia para leigos. Seria importante que ele dissesse o que de incomum ele pensa estar ocorrendo, porque frases soltas e descontextualizadas deste tipo só alimentam ainda mais os medos irracionais de uma sociedade educada por filmes de catástrofe espacial”, escreveu.

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