Translate

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Graça Foster com gás

Em novembro de 2010, reportagem de Fernanda Odilla, da Folha, informava — e não houve contestação — que, desde 2008, a C.Foster, de propriedade de Colin Vaughan Foster, marido de Maria das Graças, futura presidente da Petrobras, havia assinado 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades da estatal. À época, ela cotada para o Ministério das Minas e Energia.


Huuummm… Talvez a C.Foster seja mesmo a melhor da área. Também entendo o fato de o casal ter interesse comum em petróleo, gás e coisa e tal. É comum os casais partilharem de certos gostos. O que é incomum — e seria em qualquer país democrático do mundo — é a mulher (ou o marido) presidir a principal empresa do Estado que compra serviços fornecidos pelo cônjuge. Collin e Maria das Graças podem ser dois franciscanos, dois Caxias, mais honestos e retos do que as freiras dos pés descalços. E daí? Isso é diferente da, por exemplo, “Rede Bezerra Coelho”?




Essa denúncia das relações comerciais do marido da Graça Foster com a Petrobras, estatal que ela preside, sumiu da mídia como num passe de mágica; A linha seguida foi a do mais desbragado elogio, muito embora a empresa só produzisse, nos dois últimos anos, dados negativos. Parece que se a gasolina fosse comercializada a cinco reais a empresa ainda estará no prejuízo. O lucro caiu 30%. A Petrobras volta aos poucos a ser a velha Petrossauro, o exemplo de empresa pública incompetente, mas que deixa os donos do poder felizes. Ou seja, o ralo por onde escoa o dinheiro público vai parar no bolsos dos barões...

Nenhum comentário:

Postar um comentário