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sábado, 4 de agosto de 2012

O circo da vingança no STF

A mídia armou um circo no STF. O espetáculo vai se encerrar com a condenação dos mensaleiros por 7x4. As penas já estão estabelecidas. A única preocupação é cumprir o ritual no menor prazo de tempo possível. Trata-se de uma vingança da Globo-Veja contra Lula. A pressa é porque um ministro, que vota pela condenação, se aposenta no próximo mês e isso poderia adiar por alguns anos o julgamento da "quadrilha do mensalão", como eles chamam. Deste modo, eles  calculam que com um adiamento desses Lula pode morrer sem assistir o espetáculo da condenação de José Dirceu, José Genoíno, João Paulo, seus companheiros de longa data... Lula, meus camaradas, não vai morrer nunca...

Não há provas do mensalão (o ato de ofício na ação penal 470), o procurador Gurgel admitiu isso na acusação. A razão da ausência de provas materiais, na conclusão de Gurgel, é porque a quadrilha é esperta, não falava no telefone, não mandava e-mail, etc. Isto é argumento para mesa de bar. Em um tribunal, essa argumentação como justificativa admite a violação dos fundamentos da justiça como algo natural. Trata-se de uma tentativa de engabelar a auidiência incauta, dentro do clima de permissividade e passividade que se instalou no STF, O procurador falou para o Jornal Nacional

As provas materiais da Ação Penal 470 demonstraram cabalmente a prática do caixa 2 da política brasileira. Sem caixa 2, um cidadão não gastaria 10 milhões para se eleger deputado e receber em 4 anos um milhão em salário...O caixa 2 garante a sobra de dinheiro. No entanto, o STF não teve aval dos donos do poder, financiadores de campanhas, para condenar a ficção eleitoral contábil de todos partidos políticos do Brasil.

O show no circo no entanto já tem roteiro definido. Os réus serão condenados como mensaleiros, muito embora Jefferson, por exemplo, tenha recebido 4,5 milhões e professor Luizinho 20 mil reais, No frigir dos ovos, os mensaleiros já foram linchados, agora vão receber uma sentença. Não há mais o que perder....

Um comentário:

  1. Agendar um julgamento dessa importância para a antevéspera das eleições, tentando fazer coincidir seu final com o pleito, é uma farsa que salta aos olhos. Dar algumas horas aos advogados de cada réu para defesa, quando só o relatório-libelo dura vários dias, é desigual. É farsa mesmo.

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