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segunda-feira, 11 de junho de 2012

O pibão de Lula

Leila da Silva, que andava descalça, sonhava com o primeiro sapato – e Giovanna Lima, que já tinha sapatos, mas queria um da marca Louboutin. Josie Dantas queria comprar um carro – e Manoel Assunção, que já tinha carro, pensava em fugir do trânsito do Rio de Janeiro a bordo de um helicóptero. Maise Pereira queria um computador para ajudar nos estudos dos filhos – e Wesley Mataran, que já tinha computador, economizava dinheiro para comprar um iPhone. Nos últimos cinco anos, os seis realizaram os sonhos que perseguiam. Suas histórias são fábulas de um novo Brasil, onde gente de todas as classes sociais aproveitou o crescimento econômico para melhorar de vida e subir de patamar.

Os 20 brasileiros retratados a seguir estão vivendo experiências pela primeira vez. Experiências que, até pouco tempo atrás, estavam fora de seu alcance – alcance financeiro, sobretudo. Ao dar o passo à frente que tornou o sonho possível, eles reproduzem, no plano pessoal, o movimento de enriquecimento do país. Entre 2005 e 2010, nosso Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de riquezas brasileiras, aumentou 116%, de R$ 1,94 trilhão para R$ 4,14 trilhões. O bolo cresceu, e suas fatias foram distribuídas por todas as classes, sobretudo na forma de aumentos salariais e geração de novos empregos.

Desde 2005, mais de 60 milhões de brasileiros ascenderam socialmente – o equivalente à população da Itália. A pirâmide social, que tinha uma base larga e o topo estreito, ganhou o aspecto de um losango. As classes D e E, predominantes em 2005, encolheram tanto que, em 2010, tinham tamanho comparável ao das classes A e B. A classe C, formada por pessoas com renda média mensal entre R$ 1.200 e R$ 5.174, virou maioria.

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