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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Nelson Jobim excluído da versão da mídia


Gilmar Mendes disse na mídia que Lula o pressionou para adiar o julgamento do mensalão, em troca de proteção na CPI do Cachoeira. Ou seja, aqui ele admite a presunção do seu envolvimento. O encontro foi no escritório de Nelsom Jobim, ex-presidente do STF, ex-ministro da Defesa. Nelson Jobim entrou no STF por indicação de Fernando Henrique Cardoso e foi ministro de Lula.

A matéria com a declação foi publicado na Veja, na semana passada, com grande estardalhaço. A revista, como se sabe, aparece muito próxima de Cachoeira, na gravação das conversas telefônicas, feitas pela Polícia Federal. Mas a revista Veja sozinha não faz um verão. A repercussão na grande mídia garantiu o escândalo. Muito embora a declaração de Gilmar fosse desmentida por Nelson Jobim no jornal Zero Hora. Ele disse que o tema mensalão nunca foi mencionado e que Lula e Gilmar não ficaram sozinhos ems eu gabinete em nenhum momento. Declaração mais clara é impossível, bem ao estilo de Jobim, um homem público de reconhecida credibilidade. Depois disso ele não deu mais nenhuma declaração, afinal falou o que tinha que falar e não teria porque ficar no disse não disse...

Para a mídia é como se Nelson Jobin não tivesse dito nada. A versão que interessa é a de Gilmar Mendes. O ministro do STF Marco Aurélio e outros falaram como se o testemunho Nelson Jobim não existisse. Um enredo digno de uma ficção de Kafka. A verdade para esse pessoal significa uma versão assinada pela maioria, aos infernos os fatos, a lógica, o bom senso, a razão, a realidade, decência...

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