Facções trocam Maringá pela China
Há empresas do setor têxtil em Maringá que fecharam as linhas de produção e passaram a encomendar as peças na China, onde a mão de obra é mais barata. Tática adotada há décadas por grandes grifes. A mão de obra das costureiras locais sobrevive graças a um detalhe que os chineses ainda não conseguiram dar conta: o de atender a agilidade da moda feminina local. Para o Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá (Sindvest), é questão de tempo para que o mercado asiático se adeque à dinâmica da moda.Nesse caso, o resultado seria o fim da demanda por boa parte da mão de obra das fábricas.
O presidente da entidade, Cássio Murilo de Almeida, classifica o crescimento das importações como um processo de "morte lenta" da indústria têxtil brasileira. A concorrência dos chineses levou a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) a pedir abertura de investigação para a aplicação de salvaguarda no segmento de confecções.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que vai avaliar o caso. De acordo com a Abit, a concorrência das roupas produzidas na China já levaram à perda de 60 mil empregos no setor. Ainda assim, o segmento do vestuário maringaense tem a perspectiva de aumento dos negócios. "Estamos trabalhando para consolidar Maringá como o segundo polo da moda no País", diz Almeida.
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