Foi uma explosão?

O drama do centro do Rio de Janeiro começou em 2010 com a explosão dos primeiros bueiros, Desde então aconteceram 34 explosões, quanto tampas de 350 kg voam para o céu e o fogo brota na rua com se fosse de um lança chamas gigantesco. As galerias por onde passam a fiação elétrica e tubulação de gás, nos últimos dois anos transformaram o Rio de Janeiro, especialmente o centro em um campo minado. As duas companhias  responsáveis pelo gás e eletricidade foram privatizadas e gozam de imunidade na mídia e são poderosas. 

Na rua 13 de Maio há cerca de 5 meses teve uma explosão de bueiro. Nesta rua uma empresa contratada pela prefeitura encontrou 7 galerias com risco de explosão. Por esta razão, a tragédia de ontem na 13 de Maio com o desmoronamento de três edifícios, o mais alto com 20 andares, teve uma estratégia de mídia para afastar a hipótese de que a causa tenha sido uma explosão. A poeira ainda tomava conta da rua, os bombeiros na luta para resgatar pessoas e a mídia já havia estabelecido que a hipótese mais consistente era a reforma feita em dois escritórios no 9º andar, consideras clandestinas, muito embora a prefeitura afirmasse posteriormente que não é necessário registro para esse tipo de reforma. Obviamente, que nenhuma perícia foi feita ainda e é mais provável que não traga outras conclusões que a da mídia.  Na opinião do presidente do CAU, conselho de arquitetura e urbanismo, do Rio de Janeiro,

O prédio não teve nenhum movimento pendular, não inclinou para cima ou para os lados. Ele simplesmente desmoronou e levou com ele os outros prédios, colados em divisa. Houve uma ruptura violenta, um colapso fulminante da estrutura. Esse desabamento foi um fato inédito. A maneira como ocorreu, sob o ponto de vista técnico, é realmente algo assustador”.

Obviamente, que essas explosões de bueiros que balançam prédios não pode ser descartada dessa equação sem análise técnica das pericias para se produzir hipóteses confiáveis. Os prédios caíram como se fosse uma implosão. A Globo com seus especialistas contratados não pode decidir o que houve e nem estabelecer bodes expiatórios...