Translate

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Rio em chamas e o silêncio da mídia

Os bueiros do Rio explodem e um novelo de fogo brota do chão. Um casal de turistas foi vítima de uma dessas explosões no ano passado e em ambos a queimadura atingiu 80% da área corporal. Já são 26 explosões e muitas pessoas feridas. Apenas nos dois últimos dias foram seis explosões. 

A mídia trata do assunto com luva de pelica. Os laudos da perícia não são divulgados. A população do Rio de Janeiro, a mais interessada, não tem a mais vaga idéia do que está ocorrendo. A Light, empresa concessionária do serviço de energia elétrica da cidade, assume o mea culpa, sempre que um bueiro explode nos subterrâneos onde estão a fiação elétrica, geradores  e canalização de gás. A explosão libera esse gás que entra em combustão. A tampa do bueiro voa a cinco metros de altura e as chamas são lançadas em plena rua.

O estranho da história é que quando aviões atrasam a mídia faz um escândalo. Um nevoeiro que fecha um aeroporto e atrasa vôos vira uma tragédia na mídia. Passageiros indignados e na tv pulam balcão e empurram funcionários das empresas aéreas. Os escãndalos foram tantos que promotores fazem plantão nos aeroportos. E por que as ruas do Rio de Janeiro explodem e a mídia não faz a mesma tragédia? A reposta é simples. A Light é uma empresa privada. A Light está no Rio desde o século passado,. É de origem canadense. O governo militar estatizou a empresa no final da década de 70. FHC privatizou em 1996. Nessa privatização o enorme contingente da mão de obra da empresa com seu cabedal técnico foi dispensada. O resultado é essa tragédia que o Rio vive, com sua rede elétrica subterrânea sucateada....

Fosse a Light uma empresa estatal. A mídia em peso estaria criticando aparelhamento da empresa pelo PT. A manchete da Veja seria: 

Aloprados controlam a Light e explodem o Rio

A capa da Veja teria a imagem de Lula de fundo com uma montagem de bueiros em chamas nas ruas. Dilma ,a pura, seria colocada como vítima da herança maldita.

A última explosão:


Nenhum comentário:

Postar um comentário