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segunda-feira, 14 de março de 2011

A tragédia do Japão


O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, afirmou neste domingo que o país enfrenta sua crise mais difícil desde a Segunda Guerra Mundial.
"Este terremoto e tsunami, e também a situação que diz respeito à usina nuclear, são talvez a as adversidades mais difíceis que enfrentamos desde a Segunda Guerra Mundial."
"Se nós, o povo japonês, podemos superar estas adversidades, isto depende de cada um de nós, cidadãos japoneses", disse Kan em um pronunciamento transmitido pela televisão japonesa.
"Acredito que podemos superar este grande terremoto e tsunami se nos unirmos."
O premiê também afirmou que o país terá que implementar um programa de cortes de energia. Kan citou a situação na usina nuclear de Fukushima, que sofreu uma explosão em um de seus reatores no sábado e corre o risco de uma segunda explosão, e acrescentou que poucas usinas foram afetadas pelo terremoto.
"Estamos tentando garantir apoio elétrico de outras instalações e pedimos às indústrias para cortar o uso de eletricidade. Mas, não temos nenhuma perspectiva de restaurar o fornecimento de eletricidade dentro dos próximos dias."
"Portanto, há uma grande possibilidade de que vamos continuar com falta de eletricidade e também há uma possibilidade de cortes do fornecimento de eletricidade em larga escala, e este tipo de corte de eletricidade vai afetar as vidas das pessoas e também as atividades industriais", afirmou Kan.
Kan também falou sobre as operações de resgate.
"Dois dias se passaram desde o terremoto e é uma corrida contra o tempo para as equipes de resgate. Vamos tentar fazer de tudo para salvar mais vidas."
De acordo com o canal de televisão japonês NHK o número confirmado de mortes devido ao terremoto é de 1.351.


Fukushima
As equipes de emergência e técnicos japoneses ainda estão tentando evitar o derretimento dos reatores da usina de Fukushima, mas a agência nuclear do Japão decretou estado de emergência em uma segunda usina, mais perto do epicentro do terremoto de 8,9 de magnitude que atingiu o Japão, a usina de Onagawa.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que foram detectados níveis de radiação mais altos na região.
As autoridades japonesas, por sua vez, afirmaram que os sistemas de resfriamento dos três reatores do complexo de Onagawa, que foram automaticamente desligados depois do terremoto e tsunami, estão funcionando novamente e o aumento no nível de radiação na área pode ter sido causado pelo vazamento de Fukushima.
Naoto Kan afirmou também em seu pronunciamento que a situação na usina nuclear de Fukushima continua grave e que o fechamento desta e de outras usinas de energia depois do terremoto significa que o fornecimento de eletricidade está limitado.
Falando logo depois de Kan, o porta-voz do governo Yukio Edano, afirmou que, apesar de os técnicos continuarem a injetar água do mar no reator 3 da usina nuclear de Fukushima, que está sob ameaça de explosão, os medidores não mostram o aumento do nível da água.
Leia mais BBC

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