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domingo, 30 de janeiro de 2011

A rebelião no Egito atinge Obama


As informações extra-oficiais, mas fornecidas por autoridades egípcias, são de que morreram 74 pessoas nos últimos cinco dias de conflitos e há milhares de feridos. A dimensão da revolta popular vai colocar Obama contra a parede. Ele está sob suspeita na mídia americana de ter colaborado para fomentar a instabilidade na região. E tudo começou com seu discurso em junho de 2009 na Universidade do Cairo, aguardado na época com imensa expectativa. O discurso de 55 minutos iniciou anunciando um novo começo entre os Estados Unidos e muçulmanos. Citou o Alcorão e com sua habilidade retórica eletrizou o povo árabe, que acompanhava pela TV e rádio, excetuando o Irã, que bloqueou o sinal. Obama acendeu as esperanças democráticas do povo, o retorno ao respeito a lei e o direito das pessoas em reivindicarem dos governos. Ele representava todas expectativas de mudança e paradoxalmente também agradava os governos ditatoriais. Antes de fazer o discurso reuniu-se com Hosni Mubarak, o ditador do Egito desde 1981. O país é o principal aliado americano na região e nestes casos a diplomacia americana troca a preocupação sobre direitos humanos por direitos americanos. Por isso, providencialmente Obama fez o discurso em um palco onde um fundo de cortinas vermelhas cobria o retrato de Mubarak. Posteriormente, na realidade do dia-a-dia, ele esqueceu o discurso e cortou o financiamento dos fundos de incentivos a democracia no Egito, o que irritou os ativistas de direitos humanos. Contudo, as contradições do EUA e sua política externa têm raízes bem mais profundas e vão muito além de Obama. O discurso:


A assunção de Obama também trouxe para o Brasil um deterioramento das relações. Bush e Lula eram afinados, uma relação estreita. Bush gostava de Lula e Lula de Bush. Os dois sem papa na língua se entendiam perfeitamente e sem hipocrisia se ajustaram. A entrada de Obama mudou tudo. Não houve afinidade. Obama nunca veio ao Brasil nem Lula apareceu por lá. Quando ele falou que Lula era o cara, fez sucesso para todo mundo, menos para o próprio Lula. O problema de Obama é que ele é um imenso demagogo, diverte-se com o fogo-fátuo e vive por isso. Não é negro, nem branco, nem americano, nem muçulmano, é um fogo-fátuo de si mesmo...

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