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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A malandragem de Julian Assange


Julian Assange é herói dos progressistas mundo afora. Mas é um herói pouco confiável. O que ele faz é vazar a informação que recebe para os grandes grupos de mídia. O resultado é que o material vai sendo publicado após passar por um processo de filtração dos donos do poder e ainda ganha status de fato verdadeiro. Deste modo, a correspondência confidencial e opinativa entre as embaixadas americanas, vazada pelo Wikileaks, uma vez publicadas nos jornais ganharam peso de julgamento oficial e foram utilizadas segundo os interesses locais. No Brasil, Assange anunciou que seu parceiro, entre outros, era a Folha de São Paulo, que passou 8 anos tentando derrubar Lula e processou um blog A Falha de São Paulo, que lhe fazia paródias. Assange ao ser perguntado sobre esse grupo de mídia no Brasil perseguindo um blog fez um condenação tímida da Folha de São Paulo, ressaltando que o jornal era seu parceiro. Agora o Globo atravessa uma lista de 2 mil pessoas que operam nos paraísos fiscais, mas ainda não divulgadas pelo Wikileaeaks. O Globo diz que viu a lista antes do executivo suíço Rudolf Elmer, preso na semana passada por quebrar sigilo bancário ao entregar os nomes para Julian Assange. Papo furado. Assange passou a lista ao grupo Globo e somente os tolos acreditam que na lista de brasileiros só havia Roseana Sarney, com nome conhecido, em um depósito bancário de 9 mil dólares. Nesta lista, a Globo não divulgaria com certeza nome dos protegidos do PIG se lá estivessem. Basta lembrar a censura feita por exemplo à história do filho de FHC fora do casamento, que foi publicada pelo revista Caros Amigos em 2000...

Os outros brasileiros da lista de Elmer, divulgado no Globo, são Luiz Fernando da Cruz Secco e Sônia Silva da Cruz Secco, destinatários de US$ 900 mil. Os dois são do Rio de Janeiro. Aparece também o nome da Fabus Foundation, que é contato de José Diniz de Souza, também beneficiário de US$ 900 mil. Pelos documentos, a Foundation tem sede em Campinas. No PIG não há nenhum comentário de quem sejam tais pessoas com sobrenomes conhecidos. A intenção era só pinçar Roseana Sarney, com um depósito de 9 mil dólares, confirmado por ela, afirmando que se tratava de despesas para abertura da empresa Coronado Trust. A publicação dos nomes assim feita é uma violação de privacidade, não tem suporte judicial...

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