O elevado número de mortes, estima-se que chegue a 1 000 óbitos, na tragédia das chuva na região serrana do estado do Rio de Janeiro, levou especialistas e mídia a uma comparação crítica com as enchentes na Austrália que causaram uma dezena de óbitos, com águas atingindo acima de 20 000 casas. Mas não é necessário ir tão longe para se extrair ensinamento no comparativo das tragédias. No Nordeste, em junho de 2010, a tragédia foi ainda maior que na Austrália, pois cidades inteiras ficaram literalmente cobertas de água, destruindo prédios públicos, hospitais, cartórios, igrejas, transformados em lamaçal por onde vagavam pessoas sem saber para onde ir, destruindo mais de 50 000 casas e deixando desabrigados 600 000 pessoas, mas muitas vidas foram salvas, porque o número de óbito foi de 50 pessoas. Em um hospital a água alcançou o segundo andar e todos 70 doentes internados foram salvos. A diferença entre as tragédias climáticas da Austrália, nordeste e sudeste do Brasil talvez seja a topografia das cidades. O Fantástico fez um reportagem comovente mostrando a extensão da tragédia do Nordeste, que por alguma razão não comoveu a mídia, tomada pela Copa do Mundo. Lula, que esteve lá e comandou as ações do governo,comparou ao terremoto do Haiti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário