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sábado, 25 de dezembro de 2010

A tristeza do Palhaço


Quem leu jornal ou revista, ouviu rádio, assistiu televisão ou navegou na internet nas últimas semanas de 2010, nos grandes veículos teve uma surpresa: foi informado de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria “triste” por deixar o poder.
Os colunistas pagos a peso de ouro para debochar do presidente, caluniá-lo e intrigá-lo com aliados inventaram uma tristeza que ele estaria sentindo por ter que deixar o cargo que não resiste à menor reflexão. A tese é tão absurda quanto todas as outras que essas pessoas tentaram furiosamente vender ao país desde a volta do país à normalidade democrática, em 1989.
Lula colheu tudo o que uma pessoa pode desejar nesta vida. Poucos seres humanos foram brindados com tanta sorte, por mais que ele tenha feito a própria sorte ao se portar como se portou – com dignidade, humildade, coragem e perseverança quase sobre-humanas.
Se não, vejamos:  fez a carreira política mais exitosa da nossa história. Conseguiu tudo. Saiu da pobreza extrema e se tornou o maior sindicalista que o país já viu; criou aquele que hoje é o maior partido político brasileiro; seus dois mandatos, arrancados a fórceps contra os que gora o dizem “triste”, foram um sucesso que nem os inimigos negam; o mundo o reverencia; elegeu a própria sucessora…
E Lula está “triste” por deixar o poder, segundo esse indivíduo – e todos os outros paus-mandados dos barões da mídia – que, como cineasta, foi um fracasso, e como menino de recados da imprensa golpista, não passa de um triste palhaço.

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