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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sérgio Cabral e o bebê de Belém

O bebê de Belém não é Jesus, mas um recém nascido arremessado pela mãe de uma altura de dois metros, dentro de um saco plástico. O bebê com 2,2 kg e oito meses de gestação ficou doze horas dentro do saco plástico em um quintal até ser encontrado pelo vizinho. Era Natal. O bebê sobreviveu. A mãe, 20 anos de idade, escondeu a gravidez da família e fez o parto da criança sozinha. Hoje teve alta e vai responder ao processo por abandono de incapaz, lesão corporal, tentativa de homicídio, etc...O resultado desta história é uma adolescente traumatizada e um bebê com o registro no inconsciente desse sofrimento todo. E se essa moça tivesse feito aborto???

O governador do Rio, Sérgio Cabral, foi crucificado porque falou de namoradinhas que abortaram no passado de muita gente. O símbolo da moralidade no Brasil é o aborto. Quem defende o aborto na saúde pública é ateu, amoral, comunista, desumano. O aborto serve como um marketing da moralidade. O feto por conseguinte é mais protegido que um bebê. Bebê jogado no lixo é corriqueiro, basta passear no Google para ver a dimensão da crueldade. O bebê de Belém não foi o único neste Natal, apenas foi salvo por um milagre. Ainda não vi nenhuma movimentação de padre e pastores em torno de bebê de Belém, exceto do Bebê de Belém, agora um boneco na manjedoura, movendo a economia natalina...

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