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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Lula para sempre

Em 1989 quando Lula parecia mais peão de fábrica que presidenciável, eu votei nele. E continuei votando. O voto em Lula era essencialmente da classe média e da classe operária sindicalizada do sudeste. Para o povo, Lula era muito povo. A elite e um amplo setor da classe média achavam uma pilheria votar no operário analfabeto. No entanto, Lula tinha um nicho eleitoral suficiente para colocá-lo na final de todas as disputas presidenciais, desbancando políticos tradicionais como Brizola, Ullysses, Covas. Ele convencia pela palavra, pela visão aguda dos problemas nacionais e pela enorme capacidade de trabalho. Foi ele quem iniciou essas maratonas pelo país nas campanhas políticas. Mas o fundamental  foi sempre a sua capacidade de traduzir a essência das situações e tornar tudo claro e cristalino. É um talento nato para a simbolização. Lula em 1989 converteu, por exemplo, José Sarney. Para surpresa geral, Sarney anunciou publicamente o apoio ao candidato petista. No histórico debate com Collor, Lula  foi cobrado pelo seu oponente por uma explicação do apoio de Sarney, que havia deixado o governo com reprovação da população, tal e qual aconteceu depois com FHC. Lula disse que não poderia impedir ninguém de apoiá-lo...Eu nunca duvidei de Lula, mas ele excedeu as minhas expectativas de 2002. Durante seu governo foi agradável assistir na prática a teoria sonhada por nós durante tantos anos. Foi um presente de Deus...O PIG pode carregar no veneno e continuar sua guerra medonha. Não importa, Lula, venceu,  seu trabalho fica como exemplo...Lula é para sempre!!!

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