A indústria do vestibular quer desmoralizar o Enem. No ano passado houve vazamento da prova na gráfica da Folha de São Paulo. O Enem foi adiado e prejudicou milhões de jovens. Esse ano a gráfica da Folha embargou na justiça a licitação para impressão da prova. E isso quase impediu a realização do atual o Enem. Mas o problema não acabou. A nova gráfica falhou na montagem de um lote de provas, problemas que foi solucionado com a troca do gabarito, mas alguns estudantes saíram reclamando. Isto bastou para que fosse montada uma operação de guerra do PIG em cima do Enem, com um barulho tão grande que levou um juiz federal do Ceará a suspender e anular a prova do Enem em todo Brasil. Por que tanto interesse da mídia na prova dos estudantes secundaristas? Simples. O MEC quer colocar o Enem como porta de entrada na universidade, o que é um mau negócio para a rede de ensino especializada em vestibular. O grupo Abril comprou no ano passado a rede de colégios Anglo, formada por cerca de 500 escolas especializadas em vestibular... O faturamento da rede Abril educação é de 500 milhões.
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