Translate

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sapo no Poço

A garota da fábrica de mísseis – memórias de uma operária da Nova China, Lijia Zhang (trad. Roberto Grey), 416 pp., Editora Reler, Rio de Janeiro, 2010; lançamento no Rio em 2 de setembro, às 19h30, na Casa do Saber (Av. Epitácio Pessoa 1164, Lagoa, tel: 21 2227-2237), onde Lijia Zhang participa de talk show com a jornalista Elizabeth Carvalho; em São Paulo, em 14 de setembro, às 20h, na Casa do Saber Shopping Cidade Jardim – Livraria da Vila (Av. Magalhães de Castro 12000, tel: 11 3552-1280), onde Lijia Zhang participa de talk show com o jornalista Jaime Spitzcovsky


A China é maior prisão do mundo. E tem a peculariedade de juntar o pior do capitalismo selvagem com o mais tenebroso comunismo, formando o que no ocidente se convencionou chamar de Nova China. É o paraíso da mão de obra escrava para o capitalismo americano e europeu. E quem perdeu nessa história foi o império americano. O dragão chinês não pode mais ser derrotado por nenhuma força da terra. É uma potência nuclear comunista em condições de mobilizar um exército apocalítico de 200 milhões de soldados. Na guerra contra o comunismo, a associação com o comunismo chinês foi o erro fatal do império americano.

No ocidente a China continua sendo vendida como um maravilha econômica. O livro de Lijia Zhang que deveria se chamar Sapo no Poço se transformou no Brasil no romântico A garota da fábrica de mísseis. O livro narra seus dez anos de trabalho escravo em um fábrica chinesa. Evidentemente, o livro é proibido na China. Mas a hipocrisia é o cosmético da falsa denocracia ocidental. Fosse Lijia Zhang cubana o livro saíria no Brasil com o título A escrava de Fidel Castro e se fosse venezuelana seria A escrava de Chaves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário