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domingo, 21 de agosto de 2016

Final com a mão de Deus

Um time convocado um mês antes da Olimpíada e que se apresentou 12 dias antes do início dos jogos, sem treinamento, a maioria dos jogadores de férias no futebol europeu e com o principal jogador, Neymar, apanhando da mídia nos últimos anos sem dó nem piedade. Este era o quadro inicial

A seleção brasileira empatou os dois primeiros jogos sob vaias. A mídia não criticava o time, batia em Neymar, chamando-o de deslumbrado, irresponsável, mau caráter, moleque e passaram a endeusar Marta, que seria a verdadeira heroína. Isto se tornou a voz das redes sociais. Um derrota iria jogar a imagem dele no lixo.

O linchamento de Neymar tem interesses comercias como motivação. Desde que foi noticiado que sua transação com Barcelona, que custou 200 milhões de reais, teria custado mais 100 milhões pago á parte para Neymar, a mídia tomou partido. Acontece que seu passe pertencia ao grupo DIS e ao Santos. Neymar tinha apenas 10% do próprio passe. Delcir Sonda, do DIS, que teria comprado 40% do passe por 5 milhões, ganhou 80 milhões, mas quer 40 milhões do que o jogador recebeu por fora. Santos também. Aí começou o calvário dele no Brasil. Nesta Olimpíada a pressão chegou a um ponto da crueldade máxima...

O jogo da final no Maracanã contra a Alemanha, estaca cravada no peito da torcida brasileira, tornou-se por conseguinte o maior desafio da carreira de Neymar. No início do jogo o alemães mandaram duas bolas na trave.  Neymar faz um gol espetacular, a Alemanha empata, o sofrimento se arrasta até o último pênalte nos pés dele. Ou seja, o drama estava completo. Errasse o pênalte seria massacrado... Neymar faz o gol e chorou como um menino. Foi uma final que contou com a mão de Deus. Literalmente a mídia teve que lhe engolir, mas evidentemente que a história ainda está atrelada a milhões e milhões de euros...


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